VEM SENHOR JESUS!

"Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não incorre na condenação, mas passou da morte para a vida". (Jo 5,24).

SEJAM BEM VINDOS À ESSA PORTA ESTREITA DA SALVAÇÃO

"Uma só coisa peço ao Senhor e a peço incessantemente: é habitar na casa do Senhor todos os dias de minha vida, para admirar aí a beleza do Senhor e contemplar o seu santuário". (Sl 26,4).

segunda-feira, 18 de março de 2024

POR QUE JULGAMOS TANTO O NOSSO SEMELHANTE?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 8,1-11)(18/3/24)

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1. Caríssimos, meditando as leituras desta liturgia, vemos como é fácil acusar e condenar os outros, mesmo carregando culpas maiores que as deles. Na verdade, isso não passa de projeção psicológica dos próprios pecados ou ainda o querer justifica-los. 
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2. Ora, ninguém faz algo sem alguma intenção ou no mínimo sem querer algo em troca; a não ser que aja por inspiração divina no exercício de algum ato de bondade ou de misericórdia; fora disso, é deixar-se conduzir pelo maligno que é sempre contra Deus, contra o próximo e contra nós mesmos.
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3. O fato é que vivemos num campo minado por todos os lados, pelas mais diversas tentações, cuja intenção principal é nos levar ao pecado e à morte que ele traz. Todavia, tanto na primeira leitura como no Evangelho de hoje, as armas que Deus nos concede para vencermos as tentações são a oração, a fidelidade e a coerência na prática da Sua Palavra, porque são sinais da sua presença em nossa vida.
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4. No Evangelho de hoje Jesus desafia os inquisidores que queriam que ele condenasse a mulher adúltera: "Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. Com isso o Senhor nos mostra que todos somos pecadores e que a Sua Divina Misericórdia é o único meio pelo qual somos perdoados e livres de todos os males.
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5. Decerto, escutemos então o nos diz o Senhor: "Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; dai, e dar-se-vos-á. Colocar-vos-ão no regaço medida boa, cheia, recalcada e transbordante, porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também." (Lc 6,36-38).
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6. Portanto, caríssimos, façamos um teste simples e direto, passemos pelo menos cinco minutos sem julgar seja quem for, seja o que for... Serão cinco minutos de silêncio interior para sentirmos o quanto precisamos da misericórdia do Senhor, e quanto precisamos ser misericordiosos. 
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

sábado, 16 de março de 2024

O SERVO FIEL E HUMILDE FAZ SEMPRE O QUE O SEU SENHOR LHE ORDENA...

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 7,40-53)(16/3/24). 
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1. Caríssimos, nunca se apossem dos dons de Deus como se eles fossem seus; exatamente porque são dons de Deus, seja tão somente um simples servo à serviço do Seu Reino, isto porque o Senhor garante sempre aqueles que Ele escolhe e envia. Mas muito cuidado, pois uma mente cheio de preconceito e juízo temerário, é o pior defeito que um servo pode ter. 
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2. Escutemos, então, estas palavras do Senhor Jesus: "Ou dizeis que a árvore é boa e seu fruto bom, ou dizeis que é má e seu fruto, mau; porque é pelo fruto que se conhece a árvore. Raça de víboras, maus como sois, como podeis dizer coisas boas? Porque a boca fala do que lhe transborda do coração." (Mt 12,33-34). 

3. Decerto, é bem como vimos no Evangelho de hoje em que os guardas por defender Jesus foram interpelados pelos fariseus: "Também vós vos deixastes enganar? Por acaso algum dos chefes ou dos fariseus acreditou nele? Mas esta gente que não conhece a Lei, é maldita!" (Jo 7,47-49). Ou seja, fé e juízo temerário nunca se misturam. Porque a fé é um dom de Deus; enquanto o juízo temerário é a rejeição dela. 
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4. De fato, a vontade de Deus é a única que nos dá a vida eterna, pois Ele enviou o Seu Filho como o Caminho, a Verdade e a Vida, para nos levar à sua glória, porém, quem o rejeita, perde-se completamente porque não existe um atalho que nos leve para o céu, todos os que lá estão passaram pela porta estreita da salvação, isto é, a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.
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5. Com efeito, quem crê na verdade nunca se põe na vida como juiz, mas sim como um servo humilde da verdade e faz do desejo de santidade o objetivo pelo qual serve ao Senhor. Os que rejeitaram Jesus o fizeram porque seguiam os próprios critérios para crer e por isso o condenaram.
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6. Pelo contrário, os que Nele creram seguiram os critérios da coerência que viram em seu modo de ser, isto é, em total comunhão com a vontade do Pai. Pois o Senhor já o havia dito isto: "De mim mesmo não posso fazer coisa alguma. Julgo como ouço; e o meu julgamento é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." (Jo 5,30).
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7. Amados irmãos e amadas irmãs, a lei foi dada como uma estrada para encontrar Jesus, mas por causa do radicalismo intransigente e da incoerência, ela se tornou "letra que mata", "pedra de tropeço para aqueles que se diziam detentores da lei, mas não faziam a vontade de Deus que estava na Lei, isto é, não aceitaram Cristo, como o Messias, o ungido do Pai. 
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8. De fato, o Senhor já os havia alertado: "Vim em nome de meu Pai, mas não me recebeis. Se vier outro em seu próprio nome, haveis de recebe-lo... Como podeis crer, vós que recebeis a glória uns dos outros, e não buscais a glória que é só de Deus?" (Jo 5,43-44).
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9. Portanto, caríssimos, cuidado com a incoerência, pois ela é uma doença espiritual que mata a alma sufocada pelos preconceitos, que a desliga da fé totalmente, e por isso, é atormentada e tenta a todo custo atormentar os que não se submetem às suas intransigências e intolerância contra a verdade que os podia salvar. 
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9. Destarte, meditemos com atenção estas palavras de São Leão Magno: "Quando um homem se comporta mal, constrói para si próprio uma prisão na sua consciência, de modo que o seu coração o acusa, mesmo que de fora não lhe venha nenhuma acusação. Porque, quando a justiça de Deus o abandona à cegueira da sua maldade, o homem fica como que fechado dentro de si mesmo, sem encontrar um meio de fuga que não merece encontrar. 
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10. Com efeito, é frequente vermos pessoas que desejam escapar à perversidade dos seus atos, mas que, por estarem ao mesmo tempo esmagadas sob o peso desses atos, fechadas numa prisão de hábitos culposos, não conseguem fugir de si próprias." (São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja - Livro XI, SC 212). 
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Paz e Bem! 
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Frei Fernando Maria OFMConv. 
 

sexta-feira, 15 de março de 2024

O CONHECIMENTO DE DEUS É OBEDIÊNCIA, É AMOR...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 7,1-2.10.25-30)(15/3/24)


O conhecimento de Deus se chama obediência e amor a Ele sobre todas as coisas...
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1. Caríssimos, ser cristão não é ser isento das tentações, mas sim, vencer tais tentações mantendo a comunhão com Cristo, dando a Ele o primeiro lugar em nossa vida, como Ele fez mantendo-se em comunhão com a vontade do Pai. 
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2. Com efeito, uma das tentações mais frequentes que chega a nossa mente é julgar tudo e todos, pondo-os sob o nosso controle, e quem sabe até mesmo Deus, como vimos na primeira leitura de hoje. Ora, quando caímos nessa tentação o resultado é terrivelmente nefasto a ponto de nos levar à confusão interior e uma dor na alma.
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3. Com efeito, viver em Cristo significa realizar em tudo a vontade do Pai, por meio da virtude da obediência e do amor incondicional a Ele, bem como nos ensina São João: "Eis como sabemos que o conhecemos: se guardamos os seus mandamentos.
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4. Aquele que diz conhecê-lo e não guarda os seus mandamentos é mentiroso e a verdade não está nele. Aquele, porém, que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus é verdadeiramente perfeito. É assim que conhecemos se estamos nele: aquele que afirma permanecer nele deve também viver como ele viveu." (1Jo 2,3-6).
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5. De fato, todos os que servem ao Senhor, passam pelas tempestades e os desertos desta vida incólumes, sem serem atingidos, mesmo que sofram os mais terríveis martírios por parte daqueles que se opõem à vontade de Deus. 
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6. Assim como vimos na história de Cristo e de todos os que o seguiram, pois, ainda que um inocente seja aparentemente derrotado pelas forças do maligno; é aí que se revela a Onipotência, a Onipresença e a Oniciência Divina, por isso, todo inocente vence sempre.
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7. Caríssimos, pela experiência que temos com o Senhor para nos manter em estado de graça, percebemos que tudo neste mundo passa rumo ao infinito do seu amor, desse modo, quando chegar a nossa hora, como chegou a Dele (cf. Jo 12,23), seremos totalmente livres de todas as contrariedades deste mundo por permanecermos fiéis até o fim no cumprimento da Sua vontade que é a nossa missão.
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8. Comentando o Evangelho de hoje disse o saudoso Papa Bento XVI: "O conhecimento de Deus se torna vida eterna. Claro, aqui por "conhecimento" queremos dizer algo mais do que conhecimento externo, como sabemos, por exemplo, quando uma pessoa famosa morre, e quando uma invenção foi criada. 
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9. Conhecer no sentido da Sagrada Escritura é tornar-se interiormente um com o outro. Conhecer a Deus, conhecer a Cristo significa ama-lo, tornando-se um só com Ele em virtude de conhecer e amar. A nossa vida torna-se, portanto, uma vida autêntica, verdadeira e eterna, se conhecermos Aquele que é a fonte de todo o ser e de toda a vida. 
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10. Desse modo, a palavra de Jesus torna-se um convite para nós: tornemo-nos seus amigos, procuremos conhece-lo cada vez mais! Vivamos em diálogo com ele! Aprendamos com ele a vida justa, tornemo-nos suas testemunhas! Então seremos pessoas que amam e fazemos o que é justo. Então vivemos na verdade." (Bento XVI - Santa Missa da Ceia do Senhor, 1º de abril de 2010).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 11 de março de 2024

A FÉ É A CONFIANÇA INABALÁVEL NA PALAVRA DO SENHOR

PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Jo 4,43-54)(11/03/24)
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1. Caríssimos irmãos e irmãs, no atual momento o mundo vive o tormento da guerra e dos rumores de guerra, que é um dos sinais do fim dos tempos; por outro lado e de certo modo, está havendo um dispertar, um desejo de mudança, ou seja, de viver mais intensamente a fé, por parte daqueles que a professam, pois, o inimigo é invisível e dele só vemos os efeitos maléficos.
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2. A liturgia de hoje nos revela o que Deus tem preparado para aqueles que o amam, ou seja, novos céus e uma nova terra onde reinará o amor, a verdade, a justiça e a paz; onde Deus será tudo em todos como profetizou Isaías (cf. Is 65,17-21). Ora, só em pensar que o mal não mais existirá, já sentimos um profundo alívio, e o desejo de que a Parusia do Senhor aconteça o mais breve possível. 
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3. No Evangelho de hoje o Senhor Jesus nos faz um alerta: "Se não virdes milagres e prodígios, não credes". (Jo 4,48). Ora, esse alerta do Senhor revela a nossa fragilidade e como supera-la pela confiança inabalável na Sua Palavra como o fez o servo do rei.
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4. Rezemos então com o Salmo responsorial de hoje: "Eu vos exalto, ó Senhor, pois me livrastes e não deixastes rir de mim meus inimigos! Vós tirastes minha alma dos abismos e me salvastes quando estava já morrendo!
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5. Cantai salmos ao Senhor, povo fiel, dai-lhe graças e invocai seu santo nome! Pois sua ira dura apenas um momento, mas sua bondade permanece a vida inteira; se à tarde vem o pranto visitar-nos, de manhã vem saudar-nos a alegria. 
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6. Escutai-me, Senhor Deus, tende piedade! Sede, Senhor, o meu abrigo protetor! Transformastes o meu pranto em uma festa, Senhor meu Deus, eternamente hei de louvar-vos!" (Sl 29).
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7. Destarte, meditemos com esta linda poesia de São Gregório de Narek: "Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Jl 3,5; Rom 10,13). Quanto a mim, não só O invoco mas, acima de tudo, creio na sua grandeza. Não é pelos seus dons que persevero nas minhas súplicas: é porque Ele é a vida verdadeira e é nele que respiro; sem Ele não há movimento nem progresso. 
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8. Não são tanto os laços de esperança, mas os laços do amor que me atraem. Não é dos dons, é do Doador que tenho perpétua nostalgia. Não é à glória que aspiro, é ao Senhor glorificado que quero abraçar. Não é de sede da vida que constantemente me consumo, é da lembrança daquele que dá a vida.
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9. Não é pelo desejo de felicidade que suspiro, que do mais profundo do meu coração rompo em soluços; é porque anelo por Aquele que a prepara. Não é o repouso que procuro, é a face daquele que aquietará o meu coração suplicante. Não é por causa do festim nupcial que feneço,
é pelo anseio do Esposo.
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10. Na expectativa segura do seu poder apesar do fardo dos meus pecados, creio, com esperança inabalável, que, confiando-me na mão do Todo-Poderoso, não somente obterei o perdão, mas O verei em pessoa, pela sua misericórdia e a sua piedade
e que, conquanto mereça ser proscrito, herdarei o Céu. (São Gregório de Narek (c. 944-c. 1010), monge, poeta arménio. O Livro das Orações, 12, 1; SC 78, 102).
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.
 

HOMILIA DO 4°DOM DA QUARESMA


 Homilia do 4°Dom. da Quaresma (Jo 3,14-21)(10/3/24)

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1. Amados irmãos e irmãs, existe neste mundo e em meio à invisibilidade da criação uma dicotomia, isto é, uma divisão nítida da realidade, claramente perceptível pelos efeitos causados devido os pecados consentidos e praticados. E para discernirmos isto basta olharmos e identificarmos o bem e o mal que está no mundo e de que lado dessa dicotomia nós estamos. 
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2. Com efeito, tal dicotomia se distingue por meio das palavras Verdade; Mentira, de forma que todo pecado é uma mentira que se distancia da verdade a cada passo dado para o encontro com o maligno, pai da mentira e de todos os mentirosos. 
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3. De fato, tudo para nós começa aqui e tem sua continuidade na eternidade, a partir das escolhas e decisões que tomarmos. Por isso, é preciso dizer sempre não à todo tipo de mentira que quer ser acolhida como se fosse verdade, mas que da verdade não tem absolutamente nada, porque má e só vem do mal. 
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4. A Verdade é Jesus Cristo, o Filho de Deus Vivo, que enviado pelo Pai a este mundo dissipa toda e qualquer mentira na visibilidade e invisibilidade da criação. Bem como nos ensina são João: "Aquele que peca é do demônio, porque o demônio peca desde o princípio. Eis por que o Filho de Deus se manifestou: para destruir as obras do demônio." (1Jo 3,8).
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5. Com efeito, a fé que Deus nos deu no batismo por meio do Seu Espírito, nos leva à unidade perfeita com Cristo, autor e consumador de nossa Salvação; com Ele, por Ele e Nele nos sentimos seguros sem medo do futuro juízo que se aproxima à cada instante de nossa partida deste mundo; todos os que morreram já foram pessoalmente julgados (cf. Hb 9,27).
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6. O Evangelho de hoje revela que o Senhor Jesus é o Sinal que Deus nos deu para à nossa adesão à Ele que é o Pai de nossas almas e a nossa Fonte inesgotável de vida e santidade. “Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna." (Jo 3,14-15).
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7. Falando sobre esta adesão à Cristo, São Paulo, na segunda leitura nos mostra como Deus realizou por seu Filho a nossa redenção: "Irmãos, Deus é rico em misericórdia. Por causa do grande amor com que nos amou, quando estávamos mortos por causa das nossas faltas, ele nos deu a vida com Cristo. É por graça que vós sois salvos!" (Ef 2,4-5).
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8. Decerto, vejamos, então, aos sinais dessa dicotomia ora em ação: o sinal da verdade é a paz, a unidade, o amor, a perfeita comunhão com o Senhor. O sinal da mentira é a divisão, a discórdia, a intriga, a confusão; por isso, quem carrega essa pecha na alma nunca tem paz, só vive criticado, condenando, se lamentando, arruinando a própria vida e tentando arruinar a vida dos outros. 
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9. Portanto, caríssimos, "O julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas ações eram más. Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas, quem age conforme a verdade, aproxima-se da luz, para que se manifeste que suas ações são realizadas em Deus." (Jo 3,19-21).
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10. Destarte, "Deus é humildade: se o homem sabe colocar-se alegremente no último lugar, aí encontra Deus; mas se está cheio de orgulho, opõe-se a Deus, perde-o e cai num turbilhão de infelicidade. Deus é perdão: se o homem perdoa, o seu coração bate em uníssono com o Coração de Deus; mas se vive a vingança, separa-se do mistério de Deus e a paz morre dentro de si. 
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11. A aceitação ou a rejeição de Deus é algo que experimentamos todos os dias: "Quem pratica a verdade vem para a luz...; quem pratica o mal odeia a luz" (João 3,21). Estamos compondo e preparando a nossa própria eternidade todos os dias." (Cardeal Ângelo Comastri). Em suma, é este o sentido da nossa vida neste mundo, amar a Deus e se deixar amar por Ele, e tudo isso a partir do sacrifício do seu amado Filho, nosso Senhor Jesus Cristo. Amém! Assim seja!
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

sexta-feira, 8 de março de 2024

O QUE AMO QUANDO TE AMO?


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mc 12,28b-34)(8/3/24)


"Tu não estás longe do Reino de Deus."
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1. Amados irmãos e amadas irmãs, eis o que diz o Senhor: "O Reino de Deus já está no meio de vós." Talvez muitos não entendam isto, porque para fazer parte do Reino de Deus é necessário ter em Cristo o seu ingresso nele, bem como Ele nos ensinou: "Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo; tanto entrará como sairá e encontrará pastagem. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância." (Jo 10,9-10b).
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2. Com efeito, eis o que escreveu São Paulo sobre isto: "O Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo. Quem deste modo serve a Cristo, agrada a Deus e goza da estima dos homens. Portanto, apliquemo-nos ao que contribui para a paz e para a mútua edificação." (Rm 14,17-19).
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3. E ainda: "Vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não abuseis, porém, da liberdade como pretexto para prazeres carnais. Pelo contrário, fazei-vos servos uns dos outros pela caridade, porque toda a lei se encerra num só preceito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19,18)." (Gl 5,13-14).
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4. Com efeito, quando tratamos do amor a Deus e ao próximo, como Jesus nos ensinou, tratamos da vida vivida em Deus, porque Deus é amor. São Paulo se referindo a isto disse: É em Deus que vivemos, nos movemos e somos." (At 17,28a). De fato, quando falhamos na vivência do amor fraternal, o nosso convívio natural é cheio de conflitos, interpessoais, familiares, profissionais, na comunidade eclesial, etc. 
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5. Todavia, o amor é o antídoto contra todos os conflitos, como disse o Senhor (cf. Mt 5,44-48), de modo que podemos amar e rezar pelos nossos inimigos para libertá-los do mal que fizeram contra nós; podemos também interceder para que se realize a vontade de Deus nos corações atingidos pela incredulidade. De fato, não existe obstáculos para quem ama.
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6. A respeito do amor a Deus e de como vive-lo, escutemos santo Agostinho: "Não duvido, Senhor; na minha consciência tenho a certeza de que Te amo. Bateste ao meu coração com o teu Verbo e eu amei-Te. Mas o que é que amo quando Te amo?
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7. Não é a beleza do corpo, nem o encanto de um momento, nem o brilho da luz que agrada aos meus olhos terrenos, nem as doces melodias dos hinos de todas as modas, nem o suave cheiro das flores, dos perfumes, dos aromas, nem maná nem o céu, nem os membros acolhedores dos abraços da carne. Não são estas as coisas que amo quando amo o meu Deus.
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8. E, no entanto, amo uma certa luz e uma certa voz, um certo perfume e um certo alimento e um certo abraço quando amo o meu Deus: luz, voz, perfume, alimento, abraço do homem interior que está em mim, onde brilha para a minha alma o que o espaço não alcança,...
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9... onde ressoa aquilo que o tempo não capta, onde se exala uma fragrância que o vento não dispersa, onde se saboreia um prato que a voracidade não reduz, onde se dá um abraço que a saciedade não afrouxa. É isso que amo quando amo o meu Deus." (Santo Agostinho (354-430), bispo de Hipona, doutor da Igreja - Confissões, X, 6). 
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Paz e Bem! 
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

quinta-feira, 7 de março de 2024

O SILÊNCIO DE DEUS NOS FALA...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Lc 11,14-23)(7/3/24).

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1. Caríssimos, a voz divina à nada se compara neste mundo porque é a voz da verdade eterna, inconfundível e profundamente audível aos ouvidos de nossas almas. No entanto, quem ouve a voz do Senhor? Sim, esta pergunta se faz necessária, porque são tantas as vozes que se ouvem a cada instante que é preciso ficarmos atentos para não deixarmos passar a graça de escutar o Senhor, para depois procedermos conforme Ele nos ensina.
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2. Por isso, não sejamos ávidos em ouvir as "novidades" deste mundo, porque quem frequentemente ouve as vozes do mundo dificilmente escuta a voz de Deus. Ora, o Senhor nos fala naturalmente aos ouvidos da alma, mas também nos fala pelos acontecimentos, eventos que reproduzem o nosso modo de ser e viver diante Dele. 
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3. Certa feita, escreveu São Francisco de Assis: "Somos o que somos aos olhos de Deus e nada mais". Isto significa que Deus conhece à nossa essência, isto é, nos conhece totalmente, cada fibra do que somos, por isso, conhece muito bem como nos comportamos e o que precisamos viver para permanecer na sua presença. 
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4. Desse modo, cabe à nós obedecermos ao que Ele nos fala por sua Divina Palavra, confiada à Sua Santa Igreja na pessoa de seus ungidos, seus pastores escolhidos, que são o Santo Padre e os bispos com seus respectivos presbíteros, sucessores de São Pedro e dos outros Apóstolos. 
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5. Destarte, na vida estamos sempre escutando algo ou alguém; mas ao mesmo tempo reproduzindo o que foi escutado, por isso, precisamos dar tempo ao silêncio sagrado do Senhor que em seu infinito amor nos comunica a sua vontade, razão de ser da liberdade eterna dos seus filhos e filhas que o escutam e a Ele se confiam. 
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6. Comentando o Evangelho de hoje disse o Papa Bento XVI: "Todos os dias, mas de modo particular durante a Quaresma, o cristão deve enfrentar uma luta, como a que Cristo travou no deserto da Judeia, onde durante quarenta dias foi tentado pelo demônio, e depois no Getsémani, quando rejeitou a tentação extrema aceitando até ao fim a vontade do Pai. 
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7. É uma batalha espiritual, que se dirige contra o pecado e, em última análise, contra Satanás. É uma luta que envolve toda a pessoa e exige uma vigilância atenta e constante. Santo Agostinho observa que quem deseja caminhar no amor e na misericórdia de Deus não pode contentar-se em livrar-se dos pecados graves e mortais, mas "trabalha a verdade reconhecendo também os pecados considerados menos graves... e que vêm à luz através da prática de obras meritórias. Também os pecados menores, se forem negligenciados, proliferam e produzem a morte" (In Io. evang. 12, 13, 35). 
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8. Portanto, a Quaresma recorda-nos que a existência cristã é uma batalha sem tréguas, na qual é preciso usar as "armas" da oração, do jejum e da penitência. Lutar contra o mal, contra todas as formas de egoísmo e de ódio; morrer para si mesmo para viver em Deus é o itinerário ascético que cada discípulo de Jesus é chamado a percorrer com humildade e paciência, com generosidade e perseverança. 
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9. O seguimento dócil do divino Mestre faz dos cristãos testemunhas e apóstolos da paz. Poder-se-ia dizer que esta atitude interior nos ajuda também a melhor evidenciar qual deve ser a resposta cristã à violência que ameaça a paz no mundo. 
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10 Certamente não a vingança, não o ódio, nem mesmo a fuga para um falso espiritualismo. Pelo contrário, a resposta de quem segue Cristo é seguir o caminho escolhido por Aquele que, perante os males do seu tempo e de todos os tempos, abraçou resolutamente a Cruz, seguindo o caminho mais longo, porém, mais eficaz do amor. 
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11. Seguindo os Seus passos e unidos a Ele, todos devemos esforçar-nos por combater o mal com o bem, a mentira com a verdade, o ódio com o amor." (Bento XVI - Santa Missa e Imposição das Cinzas, 1 de março de 2006).
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Paz e Bem! 
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

quarta-feira, 6 de março de 2024

EU NÃO VIM ABOLIR A LEI, MAS PARA DAR-LHE PLENO CUMPRIMENTO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 5,17-19)(06/03/24)

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1. Caríssimos, a verdade é o que é, não muda; mesmo que alguém a despreze ou queira modificá-la, simplesmente não consegue, porque não tem poder sobre ela. É bem como escreveu São Tiago: "Não vos iludais, pois, irmãos meus muito amados. 
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2. Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade. Por sua vontade é que nos gerou pela palavra da verdade, a fim de que sejamos como que as primícias das suas criaturas."
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3. E continua o apóstolo: "Já o sabeis, meus diletíssimos irmãos: todo homem deve ser pronto para ouvir, porém tardo para falar e tardo para se irar; porque a ira do homem não cumpre a justiça de Deus. 
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4. Rejeitai, pois, toda impureza e todo vestígio de malícia e recebei com mansidão a palavra em vós semeada, que pode salvar as vossas almas. Sede, pois, cumpridores da palavra e não apenas ouvintes; isto equivaleria a vos enganardes a vós mesmos." (Tg 1,18-22).
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5. Comentando o Evangelho de hoje disse o Papa Bento XVI: "A fé não significa apenas aceitar um certo número de verdades abstratas sobre os mistérios de Deus, do homem, da vida e da morte, das realidades futuras. A fé consiste numa relação íntima com Cristo, uma relação baseada no amor d'Aquele que nos amou primeiro (cf. 1 Jo 4, 11), até à oferta total de si mesmo. 
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6. "Mas eis aqui uma prova brilhante do amor de Deus por nós: quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós." (Rm 5, 8). Que outra resposta podemos dar a um amor tão grande senão a de um coração aberto e pronto para amar? Mas o que é que significa amar Cristo? 
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7. Significa confiar n'Ele mesmo na hora da provação, segui-lo fielmente mesmo na Via Sacra, na esperança de que o manhã da ressurreição não tardará. Ao confiarmo-nos a Cristo, não perdemos nada, mas ganhamos tudo. Nas Suas mãos, a nossa vida adquire o seu verdadeiro sentido. 
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8. O amor a Cristo exprime-se na vontade de sintonizar a própria vida com os pensamentos e os sentimentos do seu Coração. Isto consegue-se através da união interior baseada na graça dos Sacramentos, reforçada pela oração contínua, o louvor, a ação de graças e a penitência. 
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9. Não podemos deixar de escutar atentamente as inspirações que Ele suscita através da sua Palavra, das pessoas que encontramos, das situações da vida quotidiana. Amá-lo significa permanecer em diálogo com Ele, para conhecer a sua vontade e realizá-la prontamente. 
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10. Mas viver a fé como uma relação de amor com Cristo significa também estar pronto para renunciar a tudo o que constitui uma negação do seu amor. É por isso que Jesus disse aos Apóstolos: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos". (Jo 14,15).(Bento XVI - Santa Missa em Varsóvia, 26 de maio de 2006)
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Paz e Bem! 
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Frei Fernando Maria OFMConv. 

terça-feira, 5 de março de 2024

SEM PERDÃO NÃO EXISTE SALVAÇÃO...


 PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 18,21-35)(05/03/24)

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"Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?" (Mt 18,21).
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1. Caríssimos, essa pergunta de Pedro é típica de quem pensa limitar a misericórdia infinita de Deus, que Ele nos dá para perdoarmos uns aos outros, por isso, a resposta do Senhor Jesus abre a nossa mente e a nossa compreensão para muito além dos nossos critérios, pois estes tendem sempre a querer fazer justiça com as próprias mãos, ou seja, a pagar o mal com o mal.
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“Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Mt 18,22).
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2. De fato, em nenhum momento da nossa vida estamos sozinhos ainda que muitos tentem negar isso, sobretudo nos embaraços e nas tempestades do mar revolto deste mundo; todavia, como o Senhor Jesus nos ensina: "Eu sou a videira; vós, os ramos. 
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3. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer." (Jo 15,5). Ou seja, só precisamos permanecer em Cristo pela obediência à Sua Divina Palavra, pois obedecer é amar, é seguir o Senhor que nos perdoa e nos dá a graça de perdoarmos sem medidas. 
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4. Desse modo, compreendemos que o ato de perdoar é divino, porque é Deus mesmo quem perdoa os nossos ofensores por meio de nós; em outras palavras, perdoar é amar, é fazer a vontade de Deus; quem sempre perdoa, vive sempre em paz, e jamais causa algum dano a quem quer que seja, porque perdoar é o mais sublime ato de amor que existe. 
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5. Decerto, o perdão é também a maior fonte de cura e libertação que Deus nos deu. Quem não perdoa não tem Deus dentro de si, porque Deus é amor, e antes de exercer a sua justiça, age com misericórdia e perdão para nos dar a salvação; por isso, quem não perdoa, vive repleto de mágoas, ressentimentos, ódio e desejo de vingança, e isto por si mesmo já é uma terrível condenação.
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6. Na parábola de hoje, o Senhor Jesus nos dá o exemplo de um servo que busca o perdão, rebe-o do seu patrão, mas é incapaz de da-lo à um outro servo que lhe devia muito menos. E o resultado dessa atitude maléfica foi a própria condenação, pois, quem se nega a dar o perdão que recebe, perde-o de imediato, e tornando-se escravo da própria maldade.
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7. Portanto, caríssimos, sigamos as práticas quaresmais que empreendemos com as mesmas disposições que recebemos do Senhor Jesus, para levarmos o bom termo o nosso desejo de santidade, na certeza de que é Ele mesmo que está nos conduzindo ao Reino dos céus, à vida eterna.
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8. Comentando este Evangelho disse o Cardeal Ângelo Comastri: "Porque devemos perdoar sempre? Porque o perdão é sempre a resposta correta e adequada? É realmente possível vencer o mal com o bem? A resposta a estas perguntas só pode ser compreendida na fé: de fato, as palavras de Jesus só fazem sentido e tornam-se luminosas quando a fé reconhece n'Ele a manifestação de Deus e a vitória de Deus sobre o pecado humano. 
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9. Como crentes, aproximamo-nos então de Jesus e fixamos o nosso olhar no Rosto e no Coração de Deus, que Jesus e só Jesus nos podia revelar. Jesus é Deus que salva! Seguindo os seus passos, descobrimos em todos os seus gestos e em todas as suas palavras um desejo de perdão sem limites, uma vontade decidida de salvar o homem pecador, uma abertura sem limites do seu Coração.
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10. Vem-me à mente a confiança do Abade Huvelin, confessor e pai espiritual de Charles de Foucauld. "Quando ando por Paris - exclamava o santo padre - levanto instintivamente a mão e desejo absolver cada pessoa que encontro".
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11. Estas palavras captam o Coração de Jesus: isto é, o Coração de Deus!" (Cardeal Angelo Comastri). Pois, o Senhor está sempre pronto a nos perdoar, porque sem perdão não existe salvação. 
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.

segunda-feira, 4 de março de 2024

Homilia do 3°Dom da Quaresma

 Homilia do 3°Dom da Quaresma (Jo 2,13-25)(03/03/24)


Os vendilhões do templo

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1. Caríssimos, esse nosso tempo é um tempo repleto de enganos, principalmente em se tratando da fé; vendilhões do templo não faltam, porque infelizmente o deus mais adorado deste mundo é "mamon" (dinheiro, riqueza, poder). 

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2. De fato, uma das tentações prediletas do demônio, juntamente com a luxúria é a riqueza, e para constatar isto, basta a mega sena acumular que seus adoradores fazem fila para fazer uma "fezinha". E com isso não percebem a armadilha na qual estão caindo. Ora, quem não quer ser rico para usufruir dos bens deste mundo?

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3. A frase do Senhor Jesus que mais choca e escandaliza os adoradores de "mamon" é esta: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” De fato, a prática de fé dos adoradores de "mamon" tem no comércio a base e o motivo de suas crenças, vende-se de tudo, revelações, profecias, água da terra santa, curas, libertações, testemunhos de fé de pessoas famosas, etc. E por aí vai... 

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4. Vejamos, então, o que São Paulo escreveu sobre isto: "Sem dúvida, grande fonte de lucro é a piedade, porém quando acompanhada de espírito de desprendimento. Porque nada trouxemos ao mundo, como tampouco nada poderemos levar. 

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5. Tendo alimento e vestuário, contentemo-nos com isto. Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. 

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6. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições." (1Tm 6,6-10). Por isso, muita atenção, quem prega o Evangelho eivado da ideologia da prosperidade, ignora completamente que o Senhor Jesus nasceu numa gruta e foi deitado numa manjedoura, e morreu crucificado para nos salvar.

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7. Portanto, caríssimos, os filhos de Deus tem como herança a vida eterna em Cristo Jesus, por isso, carregam a sua cruz de cada dia, porque sabem que tudo o que existe neste mundo, no dia eterno, vai se tornar cinza. O bom é saber que aqui nada temos, mas ao mesmo tempo temos tudo, por vivemos da Providência Divina.

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8. De fato, todos os bens deste mundo fica neste mundo quando dele partimos, por isso, escutemos o que diz o Senhor: "Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam. 

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9. Porque onde está o teu tesouro, lá também está teu coração. Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e à riqueza." (Mt 6,19-21.24).

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Por isso, eis o que disse ainda o Senhor: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas em acréscimo. Não vos preocupeis, pois, com o dia de amanhã: o dia de amanhã terá as suas preocupações próprias. A cada dia basta o seu cuidado." (Mt 6,33-34).

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Paz e Bem!

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Frei Fernando Maria OFMConv. 

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